terça-feira, 29 de março de 2011

Trajetórias do Ser

Para quem estava bastante acostumado em chegar em uma sala de aula e deparar-se com carteiras, lousa e mesa do professor organizados em um cubículo chamado de sala, meu primeiro dia de aula foi bem marcante em relação a isso.
Ao chegar na sala de aula, não havia carteiras organizadas em fileiras como nas salas de aula; a sala não era pequena, mas enorme. A lousa estava lá só para não perder o costume.
Com certeza tudo aquilo me deixou um pouco assustada, mas logo depois relaxada e enturmada. Mas aquilo era só o começo.
Ao chegarmos na sala cada aluno pegou uma cadeira e foi formando uma grande roda. Quando todos estavam finalmente presentes, eis que a professor Wlad Lima começa a aula com a seguinte ordem: "Quero que cada um aqui conte um pouco sobre si mesmo e qual é a sua relação com teatro e como conheceu o teatro. Quem quiser começar, pode falar."
No começo, houve um silêncio tímido. Todos deveriam se perguntar em suas mentes: "Quem será que começa?; Será que eu começo?"
Depois que o primeiro começou a falar, logo os outros foram tomando coragem e relatando suas experiências.
Fui uma das primeiras e dar o relato pessoal. E lá eu contei que sou de São Luís do Maranhão. Conheci o teatro primeiro através da dança, do balé. E desde criança sempre gostei muito de atuar. Aos nove anos de idade mudei-me para o estado de Pará, onde vivo atualmente. Eu sempre atuei em teatro de escola. Nunca participei de nenhum grupo de teatro (o que me arrependo). E quando eu cheguei ao estado do Pará, eu perdi um pouco de contato com o teatro e de vez em quando eu participava de algumas peças teatrais da escola.
Depois disso, a professora ensinou-nos um movimento chamado de "Movimento do Coração".
Primeiramente ela pediu um(a) voluntário(a) para participar. Logo depois ela perguntou a essa pessoa quantas pessoas viviam com ela e quem eram elas. Tendo dito, o participante deveria escolher alguém da roda para representar cada membro da família (nesse momento, homem fazia papel de mulher e vice-versa. Coisa muito comum no teatro). O participante deveria então posicionar no espaço interior da roda cada membro escolhido de acordo com o envolvimento social que cada membro da família teria um com o outro. Daí, com os alunos selecionados e posicionados, e com o movimento do coração, eles poderiam ir para qualquer lugar do espaço interior da roda ou ficar em qualquer posição. Depois do movimento a professora perguntava ao aluno se aquilo tinha alguma relação, algum sentido para ele e na família dele. Nas duas experiências o resultado foi positivo e a leitura das imagens, muito interessante.

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