quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Graduação - Filosofia do Teatro

A televisão possibilitou que mais e outras pessoas tivessem a oportunidade maior de ter acesso a outros tipos de artes. Quando uma novela acaba, ela simplesmente acaba. Porém, uma peça de teatro pode ser vista várias e outras vezes, porém, a peça apresentada hoje, nunca será a mesma que foi apresentada ontem.

Idealismo filosófico: a ideia prevalece sobre a realidade. Exemplo: ballet clássico. Ou seja, o corpo não possui limites físicos para poder fazer algo. O bailarino está disposto a sofrer pela sua arte.

Do Brecht para cá é o contrário: a realidade prevalece sobre a ideia. Ou seja, o corpo do ator ou do bailarino já não sofre tanto. A arte do ator ou do bailarino será moldada de acordo com os limites do seu corpo.

A arte (em geral) possui um milhão de possibilidades, mas o autor precisa saber como fazer, como mostrar seu trabalho.

Kseniya Simonova - Sand Animation


Universalidade da obra de arte: uma obra de arte pode emocionar o mundo inteiro, sem que o mundo inteiro tenha que viver o que uma obra de arte está relatando.

Assim como a dança, o teatro é uma arte que constrói e destrói ao mesmo tempo. Cada gesto, depende do outro (para que um ator/dançarino parta para um próximo gesto, ele precisa primeiro construir - e depois destruir - esse primeiro gesto). Porém, o teatro (que em alguns casos) possui texto, uma peça tem a possibilidade de durar para sempre.

Tentar sempre ir mais profundo quando se está elaborando uma peça ou estudando um personagem.

Há certas coisas que você conhece só pelo sentimento e não pelo que ela realmente é.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Curso Técnico - Dramaturgia I

O texto, hoje, é apenas um elemento, assim como a música, o cenário, as artes plásticas; ou seja, faz a diferença, mas não é o mais importante, hoje. Antigamente, o texto era o elemento mais importante e era seguido à risca. Hoje, o texto já não é levado tão à risca podendo sofrer cortes ou até mesmo não existir.

O texto ganha mais força quando é representado.

O texto é o texto. Não há pré-encenação já inscrita no texto dramático, mesmo se o texto possa ser lido imaginando situações dramáticas na quais se desenrola a ação.

Você pode pegar qualquer peça e transformá-la numa comédia. Porém, você precisa saber os limites que essa "façanha" possui e conseguir passar a mensagem que a peça original tenta transmitir.

Alguns autores afirmam que o texto é secundário. O corpo fala por si só. E o texto pode surgir da improvisação.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Graduação - Modos de ver

Cada experiência de um olhar é um limite.

É preciso tentar existir através de si mesmo. Sem usar a palavra e a visão do outro.

Nós estamos efetivamente a repetir a ação das pessoas aprisionadas na "Caverna de Platão". Para José Saramago, este seria o mundo que vivemos hoje.

Manoel de Barros: "o que eu vejo não vem de fora, vem da minha imaginação, vem de dentro".

A visão da realidade depende de cada um de nós em momentos diferentes da nossa vida.

Se eu não me conheço, não conseguirei conhecer o outro. Sendo assim, se eu não consigo enxergar o meu íntimo - como realmente sou - eu não conseguirei enxergar o outro e conhecer o íntimo dele.

Às vezes, ver um pouco de menos pode te ajudar a ver mais.

A visão de mundo é construída também pelo imaginário coletivo e local. E nenhum imaginário é mais rico ou mais pobre que o outro.

Todos veem, mas poucos enxergam.

sábado, 27 de agosto de 2011

Graduação - Cenografia

Cenografia não pode ser confundida com decoração. Cenografia é um elemento de espetáculo (teatral, cinematográfico, etc) e decoração é sinônimo de arquitetura de interiores. A cenografia é efêmera e a arquitetura de interiores tem uma durabilidade maior.

A cenografia, o figurino, a luz e, de certa forma, o ator, são elementos visuais do espetáculo. A cenografia pode ser considerada uma composição em um espaço tridimensional - o lugar teatral. Utilizando-se de elementos básicos. Sendo uma composição, tem peso, tensões, equilíbrio ou desequilíbrio, movimento e contrastes.

Cenografia é ilusão, é imitação da realidade, é faz-de-conta, calcada numa sadia improvisação, na busca da materiais inusitados e num processo em que o lúdico e o artesanal têm grande peso.

Cenografia é uma arte, técnica e ciência de projetar e executar a instalação de cenários para espetáculos. Alguns autores confundem com um segmento da arquitetura. Entretanto, a arquitetura cênica ou arquitetura cenográfica ocupa-se mais especificamente da geração dos cenários arquitetônicos internos ou externos.

O preço do trabalho de um cenógrafo é incerto. Pois depende do resultado do seu trabalho para definir quanto deverá receber.

Cada espetáculo - teatro, cinema, ópera, balé, etc - é diferente, tem proposta e objetivos diferentes, possui uma linguagem específica.

A verdadeira cenografia é determinada pela presença do ator e de seu traje; a personagem que se movimenta na áreas que lhe são atribuídas constantemente.

Cenógrafo:

Pode atuar em montagens teatrais, montagem de exposições, oficina, arquitetura teatral. A formação do cenógrafo é variada. Ele pode vir das artes plásticas, da arquitetura ou pode até mesmo ser ator.

Iluminação:

A função iluminante intensifica os sinais pré-existentes nas, coisas, nos corpos, nas figuras. Estes quatro papeis da iluminação cênica - visibilidade, dimensão, seletividade e atmosfera, interferem nas condições de percepção dos elementos ou distanciá-los do espectador


A função seletiva da luz conduz o olhar do espectador somente para aquilo que deve ser visto, mergulhando o restante no escuro.

Os figurinistas, cenógrafos, maquiadores e iluminadores devem trabalhar juntos, pois eles podem melhorar ou piorar determinada cena.

  • Em cenografia nada pode ser gratuito;
  • Em cenografia nunca se contente com a primeira ideia;
  • Seja simples, porém, não simplista;
  • Procure a síntese;
  • O piso do palco também é cenografia.
Idade antiga:

O movimento dos atores trágicos, eram necessariamente lentos e seus gestos amplos. Devido a dimensão dos teatros, os atores eram escolhidos pela potência de sua vozes. Os bons atores eram tão procurados que logo começaram exigir salários e, quando o talento dramatúrgico se tornara escasso, a interpretação assumiu importância maior que o próprio drama.

A construção do teatro grego, totalmente aberto ao ar livre, assim como dos templos religiosos e estádios esportivos, aproveitava a encosta de colinas para que se garantisse o efeito acústico.

Alguns teatros cabiam cinco mil e quinhentas pessoas (delos) e outros, quatorze mil (epidauros).

No teatro grego empregavam-se vários maquinismos, encarregados de criar os "efeitos especiais".

Teatro Romano:

Apesar de ter sido totalmente baseado nos moldes gregos, o teatro romano criou sua próprias invocações, com a pantomima, em que apenas um ator representava todos os papeis, com a utilização de máscara para cada personagem interpretado, sendo o ator acompanhado por músicos e por coro.

Os romanos não encravavam os teatros na montanha como faziam os gregos. Formaram o teatro de Arena.

Os romanos inventaram o pande de boca.

Links:

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Graduação - Antropologia do Teatro

Curso Técnico

Dramaturgia I

-A continuidade linear da ação:
  • Elementos para imaginar como a ação prossegue quando a personagem não está em cena;
  • Ligação de presença;
  • Ligação de procura;
  • Ligação de ruído;
  • Ligação de tempo;
-A descontinuidade afirmada:
  • A ação salta de um lugar a outro;
  • Autonomia das partes;
  • Fragmento;
-Espaço e Tempo:
  • Modos diferentes de perceber o mundo;
  • Abstração;
  • Signo da estética do texto;
-Espaço:
  • O fora de cena;
  • Um dado interior das personagens;
  • O espaço metafórico;
  • Rede de sentido que não dizem respeito necessariamente ao espaço cênico;
  • Espaço cênico (área da atuação): lugar específico da teatralidade concreta;
  • Espaço dramático (da ficção): espelho das indicações textuais e de uma imagem codificada;
-Tempo:
  • Análise: concretude e poética do espaço/espaços reais e metafóricos;
  • Uma indicação precisa pode ocultar muitas outras;
  • Concepção do país depende da época e das mitologias coletivas ou pessoais.

Graduação - Aula do dia 24/08/11

Filosofia do teatro

Descobrir como a filosofia brota na artes (em nosso caso, no teatro).

Cada um possui a sua maneira de expressar o seu pensamento da realidade.
  1. Um filósofo expressa no raciocínio;
  2. Um dançarino, numa coreografia;
  3. Um teatrólogo, numa peça teatral (fala, sensibilidade, ação).
Não é só o filósofo que filosofa. E você não precisa expressar seus pensamentos filosóficos só com palavras. Você também pode se expressar através da dança, música, teatro, religião, etc.

Santo Agostinho também foi filósofo. Ele dizia que existe o presente do passado, o presente do presente e o presente do futuro.

Na filosofia escrita, o mais importante é a reflexão/o raciocínio expresso; na filosofia mostrada/teatral a preocupação maior é o estético, depois com a reflexão que será causada no expectador.

Os dois modos são esclarecedores, porém, depende daquele que lê ou assistes.

Brecht e o teatro moderno fazem parte da filosofia dialética, ou seja, acredita que tudo é capaz de mudar de acordo com a realidade/social, que cria ideias novas.

As marcações/rubricas não são capazes de prender um ator, pois ele pode muito bem fazer uma cena marcada e ser um grande espetáculo, assim como fazer uma cena sem marcação e ter a mesma repercussão.

Você é livre para colocar a ideia que quiser, desde que justifique.

O teatro não é só drama. Ele também é filosofia, música, dança, pintura, etc.

Um devaneio surge de elementos de lugar(es) que você habita.

Um artista é um "fazedor de mundos", mas esse mundos são feitos a partir do mundo dele.

O pré-conceito impede que você veja o mundo através da pessoa que sofre o pré-conceito.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Curso técnico

Dramaturgia

O teatro de Brecht:
  • Ação dramática;
  • Narra, servindo-se da ação;
  • Ato e potência - movimento;
  • Conflito interior objetivado, conflito do personagem com o mundo;
  • Emoção e divertimento.
Por mais que Brecht vá contra as regras aristotélicas, suas obras possuem emoção, drama. Ele torna o personagem mais "humano", não querendo que o espectador identifique-se com o personagem, mas sim que o espectador pense ou indague sobre aquilo.

Brecht acreditava no teatro divertido e didático; concordava com Karl Marx quando este afirmava sobre a possibilidade de transformação da sociedade; aproveita-se das histórias passadas da peça para narrar de modo sutil; achava que o teatro servia para despertar, mas não abria mão da emoção em cena. Por tudo isso, pode-se dizer que o teatro brechtiano é um teatro épico.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Curso Técnico

Hoje a aula de Dramaturgia começou com a leitura do texto "Ação Dramática e Conflito"

Os trechos que agora se seguem, são trechos ou comentários pessoais anotados no momento da aula:

Aristóteles dizia que a tragédia deveria durar apenas um dia.

A tragédia é base para o estudo da dramaturgia, pois parte da poética imita ações humanas.

O né nem sempre tem haver com a oposição de personagens.

O resultado deveria ser a intenção do homem sendo executada a partir da sua vontade.

A ação nasce a partir da vontade do homem de ver o seu resultado.

Se o personagem está sozinho no palco, não significa que ele está narrando. Ele pode muito bem está falando sozinho.

O conflito como princípio da ação moral. É algo que vai mover o personagem para agir.

A literatura dramática só interessa à Dramaturgia quando possui ação dramática opondo-se a uma outra ação dramática, gerando assim, o conflito.

Cada ação, gera uma reação até que se chegue no desenlace.

A concentração de todos os elementos do drama na colisão é que constitui o nó da obra.

Aristóteles dizia que o centro da tragédia está na imitação da ação e não na imitação dos caracteres, acrescentando e enfatizando, no entanto, o que se refere ao conflito, e buscando esclarecer a natureza da ação dramática.

O poeta dramático representa-se como se estivesse ocorrendo na atualidade, enquanto o poeta épico descreve uma ação passada completa.

Na dramática rigorosa é preciso ter ação no diálogo. Provocar uma ação que não precisa ser instantânea, mas que cause uma ação.

Se houve movimento, houve ação. Se tudo isso estava carregado de subjetividade (de sentimentos, paixões, opiniões, vontades) houve ação dramática.

Brunetière afirma que há quatro vontades de herois dramáticos:
  • Vontade da personagem X obstáculo intransponível (tragédia);
  • Obstáculo intransponível X enfrentamento do obstáculo (trama);
  • Vontades opostas X obstáculo (comédia);
  • Ironia da sorte X meios e fins (farsa).
Uma ação dramática não significa que tenha que haver "movimento". Só pelo fato de uma personagem estar sentada não significa que não tenha conflito. Nem sempre ação significa "movimento".

Não basta o personagem ter uma vontade e agir nessa vontade, a personagem deve ser consciente do que faz.

Segundo Henry A. Jones, uma peça seria: "uma sucessão de suspenses e crises, ou uma sucessão de conflitos iminentes e conflitos deflagrados, caminhando numa série de clímax ascendentes e acelerados desde o começo até o fim de um esquema organizado."

A ação por si só não basta, se não for recheada de emoção. O que o homem faz deve mostrar o que ele é, o que ele sente. A ação física, por si, não é dramática. Passa a sê-lo quando se conhecem as razões da ação, e elas nos emocionam.

Baker acrescenta que não só a atividade mental pode ser dramática, mas até a inatividade total, se ela expressa um contraste com alguma coisa a ser desejada pelo público, que foi preso pela emoção. E dá o exemplo do velho inválido numa casa em chamas.

A inatividade pode, é claro, ser ação dramática, da mesma forma como uma omissão de socorro pode ser um crime. Se uma criancinha está morrendo de sede e uma megera permanece imóvel, sem lhe dar água, num melodrama qualquer, é claro que isso é melodramático, uma vez que a megera está fazendo alguma coisa (está matando a criancinha, por omissão de ação).

Um conflito sem vontade consciente, totalmente subjetivo ou totalmente objetivo, não é peculiar ao ser humano, nem social, portanto.

Numa simples ação, é possível dar inúmeras características a uma personagem.

Deve-se distinguir ação de atividade (movimento em geral). A ação é uma espécie de atividade, uma forma de movimento, mas a efetividade da ação não depende do que se faz e sim do sentido com que se faz.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Curso Técnico - Aula do dia 12 de agosto de 2011

Na aula de sexta-feira, a turma do primeiro ano do curso técnico em ator, teve a sua primeira aula de Máscara e Corpo, ministrada pelos professores Karine Jansen e Aníbal Pacha.

Nesta matéria, aprenderemos a como tirar moldes de uma máscara e como manejá-las em uma apresentação teatral.

Nos foi apresentado também, as máscaras em vários tipos de apresentações: no teatro oriental, no teatro ocidental e nas manifestações populares.

  • Teatro Ocidental:
  1. No teatro ocidental, as máscaras são altamente representativas, não possuindo um caráter religioso como o teatro oriental. Tanto que no teatro ocidental, existem as meia-máscaras que ajudam e melhoram na representação de uma personagem.
  • Teatro Oriental:
  1. Já no teatro oriental, a representação é mais de cunho religioso. Não possui meia-máscara e o furo dos olhos é muito pequeno, pois eles acreditam que quando você enxerga pouco, ou não enxerga, uso de uma máscara, o contato com os deuses e a concentração são maiores.
No mesmo dia, os alunos já tiveram acesso ao texto "A Casa da Viúva Costa" e a corrida contra o tempo começou a definitivo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Oi Apresenta



Curso Técnico

Hoje começamos a aula de Dramaturgia com comentários da apostila "Ensinar Talvez Seja Isso" de Renata Pallotini. Foram comentários, nada muito aprofundado. Mas o texto é realmente importante pois se trata sobre o ensino. Não adianta você ensinar algo se o aluno (ou a turma inteira) não está interessado. O texto também trata um pouco do dramático e foi de bastante ajuda para entender o que a professora Valéria ministrou em sua primeira aula.
Depois dos breves comentários, partimos para aula começando com a:
  • TEORIA DOS GÊNEROS:
  • Platão estabelece a distinção sobre o modo como os fatos são transmitidos:
  1. Exposição pura e simples: ditirambos>> hinos que eram entoados em homenagem ao deus Dionísio
  2. Por imitação: tragédia e comédia
  3. Epopeia
  • Aristóteles:
  1. Acreditava em várias maneiras literárias de imitar a natureza. Que poderia ser na dança, na pintura, na escrita, na encenação, etc.
  2. Dramática: movimentação, ação dos personagens. É uma obra em que os personagens dialogam entre si. Não há presença de narrador. Você tem noção da trama pela fala das personagens envolvidas. E a ação, acontece no presente da trama, podendo tratar de um assunto do cotidiano ou um assunto passado.
  3. Lírico: uma voz central que exprime seu próprio estado de alma. Uma dramaturgia de menor extensão. Na obra lírica não há relação/oposição entre as personagens.
  4. Épica: narrador apresenta os personagens envolvidos em situações e eventos. Possui uma extensão maior. No épico, as personagens interagem entre si, mas com a presença do narrador.
  5. Os gêneros podem coexistir em uma peça.
  • Significado dos gêneros:
  • Lírico:
  1. Intensidade expressiva do eu;
  2. Ausência de relação/oposição entre o sujeito e o objeto;
  3. Numa obra lírica, o personagem é tão exaltado que não é preciso de muito para entender uma obra lírica.
  4. A obra lírica trata apenas de um personagem;
  5. Musicalidade nas palavras;
  • Épico:
  1. O narrador não vive os fatos;
  2. Conta uma história. Narra;
  3. Relação entre sujeito e objeto;
  4. Sempre falando de alguém. O narrador não se põe no lugar. Ele conta a história de alguém para alguém;
  5. Sem musicalidade nas palavras;
  • Dramático:
  1. O monólogo pertence ao dramático, pois mesmo que não tenha relação entre os personagens, pode haver relação com o público;
  2. Relação do sujeito com o objeto;
  3. Não há narrador;
  4. Literatura dramática pode tratar tanto de assunto do cotidiano quanto de um assunto passado;
  5. Hegel afirma que o dramático sintetiza a epopeia (épico) e o lírico, tornando-se superior a ambos os gêneros;
  6. Os personagens agem como se aquilo fosse o presente;
  7. Como não existe narrador, ele terá o trabalho do diretor.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Curso Técnico

A aula de hoje começou um pouco atrasada, mas foi o suficiente para que o professor Paulo Santana ministrasse sua aula.
A aula de hoje começou com alongamentos (como é o primeiro dia de aula, de fato, prática, sentimos um pouco de dor, mas tudo normal). Os alongamentos fluíram muito bem. Podíamos sentir que a turma inteira (até mesmo os atrasados) estava conectada com o ambiente da sala e com o professor.
Depois disso, partimos para uma pequena parte prática com balões. Os alunos deveriam escolher uma bexiga qualquer e enchê-la com ar. Depois de bem enchida e amarrada o professor sugeriu que jogássemos a bexiga para o alto e, sem usar as mãos, impedir que a bexiga caísse no chão. Caso caísse, recomeçar o processo. Poderíamos usar qualquer parte do corpo em qualquer plano (alto, médio ou baixo).
Houve mais atividades e a aula flui bem como um todo. Até o professor está gostando da nossa turma! E a partir de amanhã, os alunos poderão tirar uma cópia do texto "A casa da viúva Costa" de Antônio Tavernard para começarmos a escolher uma personagem e estudar o texto. A nossa peça estreará no mês de novembro e desde já estamos empolgados!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Curso Técnico

Hoje foi o primeiro dia de aula da disciplina do curso técnico Dramaturgia I, ministrada pela professora Valéria Andrade. Ela começou esclarecendo a disciplina e como a aula será ministrada (duração, dia da aula, o que é a dramaturgia em si, etc).
Começamos com a diferença entre Dramaturgo e Dramaturgia, onde o primeiro, seria aquele que escreve uma peça para um grupo teatral e o segundo, é aquele que participaria de um grupo teatral e com a participação de atores e do diretor e escreve uma peça. Meios diferentes, com um mesmo objetivo: compor uma peça teatral, utilizando técnicas ou poéticas da arte dramática que procura manter os princípios de construção da obra. Procurando distinguir duas estruturas:
  • Estrutura Interna: narrativa, enredo, fábula, caráter, conflito, etc.
  • Estrutura Externa: cena, encenação, representação teatral, etc
As técnicas citadas acima eram regras básicas no período clássico para compor uma peça.
Comecemos a aprofundar ainda mais o conhecimento sobre Dramaturgia começando com a:
  • Dramaturgia Clássica:
  1. Exame da estrutura narrativa da obra;
  2. Exposição ou Prótase: no período clássico, era comum o uso de elementos variados para expor uma peça (algo parecido com uma introdução). Em algumas era possível ver o coro com esse trabalho. Mas nem todas a peças usavam o coro. Outro elementos eram utilizados. E outras nem mesmo utilizavam tais elementos. A ideia/mensagem/informação da peça o espectador conseguia captar assistindo-a.
  3. Nó e desenlace: o Nó era uma preparação que o espectador tinha para saber que um conflito entre os personagens da trama; O Desenlace era quando o conflito chegava ao seu fim e havia o entendimento entre os personagens;
  4. Conflito
  5. Epílogo: na dramaturgia Clássica era obrigatório a existência dessa categoria. No epílogo, dramaturgo não seguia uma lógica com as estruturas interna ou externa. Tratava-se de um "extra". Hoje, o epílogo já não é obrigatório.
  • Sentido Brechtiano:
No teatro dramático, o conteúdo da dramaturgia deveria causar uma identificação com o espectador. Ou seja, deveria gerar a catarse. Quando o ator com o seu personagem consegue com que o espectador se identifique com uma cena. Seja ela qual for. Podendo gerar risos, lágrimas, raiva, etc.
Brecht dizia que suas obras não cabiam na dramaturgia clássica pois ele queria causar reflexão e não identificação. Sendo assim, ele rompe com a dramaturgia clássica e cria a dramaturgia épica.
Ele dizia que forma e conteúdo (encenação e texto) deveriam andar juntos.
  • Dramaturgia como atividade:
  1. Sentido mais recente. Engloba texto e realização cênica (forma e conteúdo).
  • Para Barba:
Tudo é dramaturgia. Exemplos: sons, luzes e mudanças no espaço; episódios da história; espaços de tempo; objetos; relações, interações; tudo o que trabalha com a atenção de espectador.
O texto é dramaturgia. Mas se completa com o teatro. Ela precisa da cena. Sem a representação, ela não é completa (dramaturgia).
O texto não é o mais importante. Mas é importante secundariamente.
  • Dramaturgo/autor dramático:
  1. Dramaturgia de Hamburgo (1767): distinção entre o que escreve e o que prepara a realização cênica das peças.
Leituras recomendadas:
  1. A ideia do Teatro, Ortega y Gasset, José;
  2. Dramaturgia pessoal do ator, Lima, Wlad
  3. Moderna Dramaturgia Brasileira, Magaldi, Sábato
  4. Dicionário de Teatro, Patrice, Pavis

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Curso Técnico - Primeiro dia de aula

Hoje foi o primeiro dia de aula do curso técnico em ator na Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará. Na verdade, se não fosse pela reforma na escola que acabou não sendo entregue no prazo, hoje seria o começo da segunda semana da aula.
A semana começa com a aula Interpretação I ministrada pelos professores Marluce Oliveira e Paulo Santana, porém, infelizmente a professora faltou a aula de hoje. Mas graças ao professor Paulo Santana, o dia não ficou perdido.
Paulo Santana nos explicou um pouco sobre o objetivo da aula: mostrar aos alunos os elementos básicos da cenografia, iluminação, figurino, etc. E mencionou como essa aula será importante para que possamos estrear em nossa primeira prática de montagem (se der tudo certo) em novembro. Já até sabemos o nome do texto em que vamos trabalhar. O texto chama-se: "A Casa da Viúva Costa" de Antônio Tavernard.
O professor recomendou-nos hoje dois importantes livros sobre o teatro no estado do Pará:
  • "A história do teatro no Pará" de Vincente Sales
  • "O teatro que o povo cria" de Carlos Eugênio Marcondes de Souza
Voltando à prática de montagem, quanto o professor quanto a turma, ficaram muito empolgados com a prática de montagem já que a nossa, será justamente no ano em que nossa escola completará cinquenta anos e (se der tudo certo) teremos a participação especial da escola de samba Bole-Bole, ano que vem, no carnaval com a nossa turma na avenida!
Depois da notícia, partimos para uma pequena brincadeira proposta pelo professor, onde ele pedia a presença de dois voluntários. A cada casal ou dupla, o professor passava uma situação diferente. Hoje, as situações foram:
  • Biblioteca;
  • Quarto com duas janelas;
  • Quarto com duas janelas e alguém sendo espancado na rua;
  • Quarto com dua pessoas desconhecidas;
  • Uma cena de amor à primeira vista na praia;
  • Uma cena em que o ator/atriz fugia de um ladrão e tomava um tiro.
Com essas situações, o professor mostrou-nos como a ansiedade de querer acabar logo com a cena e querer entrar de uma vez com o personagem no palco, estrega com cena e com o espetáculo.
Lições:
  • Ao entrar em cena, o ator deve mostrar com o seu corpo (em todos os sentidos) o local em que se encontra;
  • A cenografia complementa o entendimento;
  • Ter calma para conseguir passar a mensagem do lugar;
  • Ansiedade atrapalha a ação;
  • O espectador precisa captar a mensagem do lugar;
  • Cada ator possui um tempo para conseguir transmitir a mensagem, portanto, é de fundamental importância, que cada ator respeite o tempo do outro;
  • Ouvir. SEMPRE importante.