quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Curso Técnico

Hoje a aula de Dramaturgia começou com a leitura do texto "Ação Dramática e Conflito"

Os trechos que agora se seguem, são trechos ou comentários pessoais anotados no momento da aula:

Aristóteles dizia que a tragédia deveria durar apenas um dia.

A tragédia é base para o estudo da dramaturgia, pois parte da poética imita ações humanas.

O né nem sempre tem haver com a oposição de personagens.

O resultado deveria ser a intenção do homem sendo executada a partir da sua vontade.

A ação nasce a partir da vontade do homem de ver o seu resultado.

Se o personagem está sozinho no palco, não significa que ele está narrando. Ele pode muito bem está falando sozinho.

O conflito como princípio da ação moral. É algo que vai mover o personagem para agir.

A literatura dramática só interessa à Dramaturgia quando possui ação dramática opondo-se a uma outra ação dramática, gerando assim, o conflito.

Cada ação, gera uma reação até que se chegue no desenlace.

A concentração de todos os elementos do drama na colisão é que constitui o nó da obra.

Aristóteles dizia que o centro da tragédia está na imitação da ação e não na imitação dos caracteres, acrescentando e enfatizando, no entanto, o que se refere ao conflito, e buscando esclarecer a natureza da ação dramática.

O poeta dramático representa-se como se estivesse ocorrendo na atualidade, enquanto o poeta épico descreve uma ação passada completa.

Na dramática rigorosa é preciso ter ação no diálogo. Provocar uma ação que não precisa ser instantânea, mas que cause uma ação.

Se houve movimento, houve ação. Se tudo isso estava carregado de subjetividade (de sentimentos, paixões, opiniões, vontades) houve ação dramática.

Brunetière afirma que há quatro vontades de herois dramáticos:
  • Vontade da personagem X obstáculo intransponível (tragédia);
  • Obstáculo intransponível X enfrentamento do obstáculo (trama);
  • Vontades opostas X obstáculo (comédia);
  • Ironia da sorte X meios e fins (farsa).
Uma ação dramática não significa que tenha que haver "movimento". Só pelo fato de uma personagem estar sentada não significa que não tenha conflito. Nem sempre ação significa "movimento".

Não basta o personagem ter uma vontade e agir nessa vontade, a personagem deve ser consciente do que faz.

Segundo Henry A. Jones, uma peça seria: "uma sucessão de suspenses e crises, ou uma sucessão de conflitos iminentes e conflitos deflagrados, caminhando numa série de clímax ascendentes e acelerados desde o começo até o fim de um esquema organizado."

A ação por si só não basta, se não for recheada de emoção. O que o homem faz deve mostrar o que ele é, o que ele sente. A ação física, por si, não é dramática. Passa a sê-lo quando se conhecem as razões da ação, e elas nos emocionam.

Baker acrescenta que não só a atividade mental pode ser dramática, mas até a inatividade total, se ela expressa um contraste com alguma coisa a ser desejada pelo público, que foi preso pela emoção. E dá o exemplo do velho inválido numa casa em chamas.

A inatividade pode, é claro, ser ação dramática, da mesma forma como uma omissão de socorro pode ser um crime. Se uma criancinha está morrendo de sede e uma megera permanece imóvel, sem lhe dar água, num melodrama qualquer, é claro que isso é melodramático, uma vez que a megera está fazendo alguma coisa (está matando a criancinha, por omissão de ação).

Um conflito sem vontade consciente, totalmente subjetivo ou totalmente objetivo, não é peculiar ao ser humano, nem social, portanto.

Numa simples ação, é possível dar inúmeras características a uma personagem.

Deve-se distinguir ação de atividade (movimento em geral). A ação é uma espécie de atividade, uma forma de movimento, mas a efetividade da ação não depende do que se faz e sim do sentido com que se faz.


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